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Alternativas de mobilização para a região de Santos.

Alternativas de mobilização para a região de Santos.

Reunião no dia 3 de agosto quarta-feira a noite 20h

Local: Casa da JOC  Rua da constituição 331 Centro/ Santos

É muito importante debatermos a org. e propormos ações na região, mas principalmente o caráter destas que a meu ver devem ser apartidarias, antielecionistas, horizontais e vetadas a qualquer projeto político vinculado ou ligado às eleições do ano que vem. Para ser bem claro, principalmente sem nenhuma relação com os partidos que estão no atual governo e que fazem parte da direita do pais. Sim de direita pois não VEJO DIERENÇA ALGUMA ENTRE PT E PSDB TUDO FARINHA DO MESMO SACO. Este debate é de suma importância, pois os motivos da atual desmobilização na nossa região foram entre outros  a falta de clareza ideológica e a cooptação por parte do aparelho político partidário de boa parte dos movimentos sociais e seus ativistas. 3 de agosto estamos lá para criarmos juntos uma movimentação séria e a meu ver (autônoma) para esta cidade, se não deixa como esta porque do chão não passa.

Um abraço libertário
Giulius

Em resposta a

Queríamos propor a tod@s uma reunião pra discutir sobre nossa realidade regional enquanto força militante no sentido de criar articulações e fomentar manifestações. Qual o objetivo? Como todos sabemos diversas manifestações estão ocorrendo freqüentemente em algumas partes do Brasil e no mundo, discussões sobre o Tribunal da terra estão sendo levantadas, inclusive de trazer o tribunal aqui pra Baixada o que é importante, sem contar o código florestal, Belomonte, PAC enfim, todos estamos cientes sobre essa coisas. Mas de que forma podemos ser mais ofensivos? E levar essa discussão a público. Temos uma região caótica neste sentido de informar e instigar a população a discutir sua realidade, ano que vem tem eleição e não há novidades…

Pessoal o que queríamos propor era nessa reunião pensarmos alternativas ofensivas de resistência.

Abraços. tamujunto na luta!

“A luta revolucionária só pode ser construída coletivamente.”

Rádio da Juventude – sintonizando atitude!

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Tel.: (13) 3029-7712

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A piada da Política!

Depois da piada das eleições, recebemos esta contribuição de Gabriela Ribeiro, a blague da política, uma velha piada muito comum na França:

O menino chega em casa, vindo da escola e pergunta – Papai, o que é a política? O pai, pego de surpresa, titubeia, pensa um pouco, e responde:

– Pense em mim, que trabalho todo dia fora e trago o dinheiro para o sustento da casa e da família, eu sou o capitalismo. Agora, sua mãe, que tem a função de cuidar de tudo para que o lar esteja sempre em ordem, zelar pela educação dos filhos e das despesas da casa, ela é o Estado. Depois, nossa empregada doméstica, que fica com os serviços de limpeza e as tarefas mais duras e difíceis, mas menos valorizadas da casa, ela representa a massa de trabalhadores. E temos sua irmã pequena, ainda bebê, cheia de esperanças, ela será o nosso amanhã, o nosso futuro. E, por último, você, já crescido, estudante, futuro trabalhador, um brasileiro cidadão, representa toda a população. Certo filho, então você entendeu mais ou menos o que é a política?

O menino, confuso, faz um sim meio mocho com a cabeça e vai deitar. De noite, sente um cheiro fedido na cama ao lado e se depara com a irmãzinha que se havia cagado toda. Então ele levanta-se e vai até a mãe, que dorme um sono profundo. Ele a chacoalha, a remexe, mas ela, depois de tomar os calmantes, nem uma revolução consegue modificar seu estado deitada em berco esplendido. Então, ele procura o pai, que não estava na cama, e o encontra no quarto da empregada doméstica. Curioso, o menino espia pela fresta e vê o pai, mexendo-se freneticamente, montado encima da empregada agachada de joelhos e inclinada sobre a cama. O menino desiste de tudo, volta para o quarto e ele mesmo limpa sua irmãzinha.

No dia seguinte, de manhã, na hora do café, antes de sair o pai, sério, pergunta ao filho – Pensou bem esta noite sobre o significado da política? E o menino, orgulhoso, sem nenhuma dúvida responde – Sim pai, esta noite eu compreendi direitinho:

A política é a população pressionando inutilmente o Estado que não faz absolutamente nada em relação ao futuro que está se tornando uma merda, enquanto que o capitalismo fica só enfiando no rabo dos trabalhadores. A melhor política então é a população cuidar sozinha do amanhã.


Como se vê, até uma criança entende!!!!!

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Por que os Anarquistas não votam?

Em época de eleições é sempre bom lembrar o texto clássico de Elisee Reclus, escrito ao final do século XIX mas VIVO, muito VIVO nos dias de hoje. Vamos fazer a DEMOCRACIA DIRETA com autonomia e poder popular.

TUDO o que pode ser dito a respeito do sufrágio pode ser resumido em uma frase:

Votar significa abrir mão do próprio poder.

Eleger um senhor, ou muitos senhores, seja por longo ou curto prazo, significa entregar a uma outra pessoa a própria liberdade.

Chamado monarca absoluto, rei constitucional ou simplesmente primeiro ministro, o candidato que levamos ao trono, ao gabinete ou ao parlamento sempre será o nosso senhor. São pessoas que colocamos “acima” de todas as leis, já que são elas que as fazem, cabendo-lhes, nesta condição, a tarefa de verificar se estão sendo obedecidas.

Votar é uma idiotice.

É tão tolo quanto acreditar que os homens comuns como nós, sejam capazes, de uma hora para outra, num piscar de olhos, de adquirir todo o conhecimento e a compreensão a respeito de tudo. E é exatamente isso que acontece. As pessoas que elegemos são obrigadas a legislar a respeito de tudo o que se passa na face da terra: como uma caixa de fósforos deve ou não ser feita, ou mesmo se o país deve ou não guerrear; como melhorar a agricultura, ou qual deve ser a melhor maneira para matar alguns árabes ou negros. É muito provável que se acredite que a inteligência destas pessoas cresça na mesma proporção em que aumenta a variedade dos assuntos com os quais elas são obrigadas a tratar.

Porém, a história e a experiência mostram-nos o contrário.

O poder exerce uma influência enlouquecedora sobre quem o detém e os parlamentos só disseminam a infelicidade.

Nas assembléias acaba sempre prevalecendo a vontade daqueles que estão, moral e intelectualmente, abaixo da média.

Votar significa formar traidores, fomentar o pior tipo de deslealdade.

Certamente os eleitores acreditam na honestidade dos candidatos e isto perdura enquanto durar o fervor e a paixão pela disputa.

Todo dia tem seu amanhã. Da mesma forma que as condições se modificam, o homem também se modifica. Hoje seu candidato se curva à sua presença; amanhã ele o esnoba. Aquele que vivia pedindo votos, transforma-se em seu senhor.

Como pode um trabalhador, que você colocou na classe dirigente, ser o mesmo que era antes já que agora ele fala de igual para igual com os opressores? Repare na subserviência tão evidente em cada um deles depois que visitam um importante industrial, ou mesmo o Rei em sua ante-sala na corte!

A atmosfera do governo não é de harmonia, mas de corrupção. Se um de nós for enviado para um lugar tão sujo, não será surpreendente regressarmos em condições deploráveis.

Por isso, não abandone sua liberdade.

Não vote!

Em vez de incumbir os outros pela defesa de seus próprios interesses, decida-se. Em vez de tentar escolher mentores que guiem suas ações futuras, seja seu próprio condutor. E faça isso agora! Homens convictos não esperam muito por uma oportunidade.

Colocar nos ombros dos outros a responsabilidade pelas suas ações é covardia.

Não vote!

Elisee Reclus.

Tradução de Mario Bresighello



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