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Vamos barrar Belo Monte!!!

Repassamos a mensagem da AVAAZ trasnmitida pela companheira Cristina como uma ultima tentativa de impedir a construcao de Belo Monte, mais um elefante do capitalismo insustentavel rumo a destruicao do planeta. Leiam o texto e assinem o manifesto que segue.

O Presidente do IBAMA se demitiu na quarta-feira passada devido à pressão para autorizar a licença ambiental de um projeto que especialistas consideram um completo desastre ecológico: o Complexo Hidrelétrico de Belo Monte.

A mega usina de Belo Monte iria cavar um buraco maior que o Canal do Panamá no coração da Amazônia, alagando uma área imensa de floresta e expulsando milhares de indígenas da região. As empresas que irão lucrar com a barragem estão tentando atropelar as leis ambientais para começar as obras em poucas semanas.

A mudança de Presidência do IBAMA poderá abrir caminho para a concessão da licença – ou, se nós nos manifestarmos urgentemente, poderá marcar uma virada nesta história. Vamos aproveitar a oportunidade para dar uma escolha para a Presidente Dilma no seu pouco tempo de Presidência: chegou a hora de colocar as pessoas e o planeta em primeiro lugar. Assine a petição de emergência para Dilma parar Belo Monte – ela será entregue em Brasília, vamos conseguir 300.000 assinaturas:

https://secure.avaaz.org/po/pare_belo_monte/?vl

Abelardo Bayma Azevedo, que renunciou à Presidência do IBAMA, não é a primeira renúncia causada pela pressão para construir Belo Monte. Seu antecessor, Roberto Messias, também renunciou pelo mesmo motivo ano passado, e a própria Marina Silva também renunciou ao Ministério do Meio Ambiente por desafiar Belo Monte.

A Eletronorte, empresa que mais irá lucrar com Belo Monte, está demandando que o IBAMA libere a licença ambiental para começar as obras mesmo com o projeto apresentando graves irregularidades. Porém, em uma democracia, os interesses financeiros não podem passar por cima das proteções ambientais legais – ao menos não sem comprarem uma briga.

A hidrelétrica iria inundar 64.000 hectares da floresta, impactar centenas de quilômetros do Rio Xingu e expulsar mais de 40.000 pessoas, incluindo comunidades indígenas de várias etnias que dependem do Xingu para sua sobrevivência. O projeto de R$30 bilhões é tão economicamente arriscado que o governo precisou usar fundos de pensão e financiamento público para pagar a maior parte do investimento. Apesar de ser a terceira maior hidrelétrica do mundo, ela seria a menos produtiva, gerando apenas 10% da sua capacidade no período da seca, de julho a outubro.

Os defensores da barragem justificam o projeto dizendo que ele irá suprir as demandas de energia do Brasil. Porém, uma fonte de energia muito maior, mais ecológica e barata está disponível: a eficiência energética. Um estudo do WWF demonstra que somente a eficiência poderia economizar o equivalente a 14 Belo Montes até 2020. Todos se beneficiariam de um planejamento genuinamente verde, ao invés de poucas empresas e empreiteiras. Porém, são as empreiteiras que contratam lobistas e tem força política – a não ser claro, que um número suficiente de nós da sociedade, nos dispormos a erguer nossas vozes e nos mobilizar.

A construção de Belo Monte pode começar ainda em fevereiro.O Ministro das Minas e Energia, Edson Lobão, diz que a próxima licença será aprovada em breve, portanto temos pouco tempo para parar Belo Monte antes que as escavadeiras comecem a trabalhar. Vamos desafiar a Dilma no seu primeiro mês na presidência, com um chamado ensurdecedor para ela fazer a coisa certa: parar Belo Monte, assine agora:

https://secure.avaaz.org/po/pare_belo_monte/?vl

Acreditamos em um Brasil do futuro, que trará progresso nas negociações climáticas e que irá unir países do norte e do sul, se tornando um mediador de bom senso e esperança na política global. Agora, esta esperança será depositada na Presidente Dilma. Vamos desafiá-la a rejeitar Belo Monte e buscar um caminho melhor. Nós a convidamos a honrar esta oportunidade, criando um futuro para todos nos, desde as tribos do Xingu às crianças dos centros urbanos, o qual todos nós podemos ter orgulho.

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Sustentabilidade: a escolha libertária IV

Continuamos nossa série para um mundo verdadeiramente sustentável. Não se preocupe, isso não é para já, mas se quisermos num futuro não tão distante continuar vivendo na Terra sem ter que exterminar alguns bilhões de habitantes (como os tecno-fascistas do poder global já planejam) estas práticas devem ser adotadas. Nos chamam de loucos, utópicos, que queremos voltar a ser índios. Não. As propostas apresentadas são o resultado da mais ampla capacidade humana de convívio ambientalmente harmônico. Por isso junte-se a nós: PARA SALVAR O PLANETA É PRECISO DESTRUIR O CAPITALISMO.

Eficiência (aumento da)

Termo definido em âmbito industrial com base na demanda de parte da sociedade para reduzir os efeitos negativos da produção e em relação à crise do petróleo dos anos setenta e da consequente necessidade de reduzir o consumo de energia. A eficiência prevê que as mercadorias sejam substituídas por outras em um contínuo melhoramento da eficiência (requisitada também pelas regras de qualidade dos produtos). Dessa maneira, “novas” mercadorias substituem “velhas” mercadorias, com a mesma função e com as antigas ainda funcionando. O uso instrumental desse conceito permitiu o aumento de novos segmentos de mercado (as pessoas compram mais vezes o mesmo produto em níveis de eficiência sempre superiores) demandando, porém, uma enorme quantidade de energia e produzindo paralelamente uma enorme quantidade de resíduos e dejetos. Dado que o aumento da eficiência vem qualificado sobre cada unidade de produto, a vantagem da melhor eficiência alcançada com o melhoramento do produto, é absorvido e ultrapassado pela desvantagem do aumento da quantidade de produtos em uso. Não cair na armadilha da pseudo eficiência, nem nos juízos de qualidade sobre as mercadorias nem em sua aquisição; manter as mercadorias pelo tempo mais longo possível verificando sua efetiva funcionalidade em função de suas necessidades. A melhor eficiência é a redução do consumo de mercadorias.

Equilíbrio

A quase totalidade dos assentamentos humanos não está em equilíbrio com o meio ambiente; consomem uma quantidade de energia superior àquela disponível localmente, emitem contaminantes de diferentes tipos e em quantidades superiores à capacidade de recuperação dos ecossistemas. O conjunto dos assentamentos humanos e da atividade planetária consome recursos e produz emissões em quantidades superiores à capacidade de suporte do planeta. A situação encontra-se em total desiquilíbrio tanto localmente quanto globalmente. O futuro dos ecossistemas naturais está comprometido ,mas também o futuro da vida humana que depende da natureza para viver. O risco de colapso aumenta com o tempo e com a manutenção das características do modelo econômico e social praticado e o crescimento exponencial dele. Recolocar em equilíbrio os assentamentos humanos com os recursos utilizados em escala local, conectando os consumos aos recursos naturais realmente disponíveis, diversificando-os em função das características dos lugares e, portanto, de sua produtividade, surge como um elemento indispensável para pensar em um futuro planeta sustentável.

Esgotamento dos solos

Assentamentos agropecuários e infraestruturas agrícolas se expandem ocupando todos os terrenos. As áreas ocupadas perdem suas potencialidades ecológicas, não são biologicamente produtivas. As áreas ocupadas tornam-se desertos dentro de ecossistemas que tem todo outro tipo de capacidades, áreas de difícil recuperação natural, que permanecem desflorestadas no tempo e são diretamente responsáveis pelo aquecimento global. Essa condição agrava-se quando ocorre nos territórios que tenham maior produtividade agrícola. As grandes quantidades de solo.

Especialização dos espaços

Os espaços físicos do planeta são utilizados para a produção de alimentos, sob gestão das grandes corporações de produção e distribuição do agronegócio de modo especializado. Em um lugar se produz soja, no outro trigo. A monocultura destrói as comunidades locais criando um mercado que elas não podem controlar, limitam sua autonomia alimentar, as empobrecem tecnicamente e culturalmente, fazendo com que desapareçam nessa reconfiguração do processo distributivo global. A recusa das áreas especializadas de produção é a garantia da autonomia das comunidades locais. As multiculturas, a manutenção das capacidades técnicas gerais e das produções específicas de cada lugar, não somente ajudam a sociedade, como também conservam a diversidade biológica e a qualidade ambiental.

Fontes renováveis

O uso da energia de fontes renováveis deve ser acompanhado da contínua diminuição das emissões das fontes não renováveis e de uma significativa redução do consumo.

Frear a velocidade

Fazer menos coisas, diminuir a velocidade da vida pode ajudar a aumentar a consciência do que se faz. Provavelmente aumentaria a possibilidade de que os processos decisórios sejam participativos, com certeza reduziria o consumo de recursos e a quantidade de emissões.

Globalização

É um mecanismo inventado e sustentado pelas maiores corporações econômicas para aumentar as trocas, concentrar a produção e a gestão do mercado, e fazer crescer exponencialmente os lucros. A globalização é defendida por intelectuais que, ignorando a condição de desastre em curso, a consideram como o modelo de crescimento cultural e social do planeta. Globalização é o não lugar, onde o indivíduo não tem peso, onde o indivíduo, padronizado, interpreta o papel de máquina, onde a comunidade não existe, onde existe um governo econômico que dita as regras sociais. Não comprar produtos globalizados, não utilizar soluções globalizadas, prestar atenção às capacidades produtivas locais, às características sociais das mercadorias , às comunidades.

Habitar

A cultura contemporânea desestruturou o sentido desta palavra parcelando a atividade que compõem uma jornada: uma zona onde se dorme, uma onde se trabalha, outra onde nos divertimos, etc.: a completude da habitação se perdeu com o desenvolvimento das ações produtivas e comerciais (aquisição e consumo). Os territórios são ignorados, não há ligação com eles, desconhecemos o meio ambiente e as pessoas que nos cercam, nem ao menos aquela consciência simples e eficaz do próprio lugar que tinham as culturas tradicionais. Os lugares são pré-fabricados pelos interesses econômicos (vejam os centros comerciais, os hipermercados, as salas multiuso, etc.) e são padronizados à imagem do comércio da atualidade. Neles os indivíduos tem somente a função de compradores d mercadorias, mas não podem contribuir para sua construção e para o seu uso. Desse modo não moramos mais nos lugares porque não existe mais uma relação com o espaço em que vivemos. Participar ativamente da definição dos espaços construídos, recusar as compras nos centros comerciais, nos hipermercados, recusar a cadeia produtiva que uniformiza a alimentação, a arquitetura dos espaços, o próprio espaço de vida, é a luta a ser empreendida.

Iluminação

O planeta é muito iluminado de modo artificial; a noite desapareceu nas cidades. Reduzir a iluminação, (re)escurecer a noite.

Indústria

Sistema produtivo que precisa de uma profunda revisão ambiental e social. A partir da redefinição da real necessidade das mercadorias, da relação geográfica entre os lugares de produção e de uso, da redução do deslocamento das mercadorias. A indústria é uma modalidade produtiva que não precisamos abandonar, desde que suas finalidades sejam realocadas do domínio econômico para o domínio social e ambiental.

Industrialização

O objetivo da industrialização não é o de produzir mercadorias, mas o de gerar lucros: as mercadorias são excedentes, os processos produtivos poluidores e socialmente desestruturados, a qualidade dos produtos é reduzida, a duração predefinida é limitada. A industrialização é o principal fundamento do mercado global e produz resíduos como se fossem mercadorias. A industrialização da sociedade levou a modelos de organização social da vida que seguem os mesmos critérios estabelecidos pela produção na indústria: divisão por etapas, fraccionamento das contribuições individuais, desconhecimento do processo como um todo, controles de qualidade auto-referenciados e setoriais. Precisamos desindustrializar as nossas mentes e utilizar somente os produtos industriais que sirvam e garantam a qualidade ambiental e social desejadas sem sermos reféns da cultura industrial.

Infraestrutura

Se quisermos aumentar a mobilidade das mercadorias e das pessoas, privilegiando os deslocamentos, não é necessário discutir o aumento da infraestrutura. Dado que não existe um limite estabelecido para a satisfação humana, nem para quão rápido se façam os percursos, nem para a quantidade de deslocamentos feitos, torna-se evidente que, perseguindo este modelo, as infraestruturas nunca serão suficientes. A cada aumento da infraestrutura existente corresponde sempre uma maior dependência delas. Por exemplo, a construção de rodovias facilita o uso de automóveis e portanto leva ao contínuo aumento da mobilidade sobre rodas (particular e de carga), das emissões de poluentes, dos consumos de energia, das alterações no meio ambiente, dos danos à saúde dos cidadãos e favorecerá o parcelamento dos assentamentos humanos e a concentração da produção. A atual mobilidade humana é exagerada e é gerada pela especulação imobiliária (que obriga as pessoas de menor renda a distanciarem-se das cidades já consolidadas) e pelo deslocamento das mercadorias (cuja produção sendo concentrada necessita de ser transportada para os locais onde os monopólios levaram à falência os pequenos produtores locais). Opor-se ao aumento da infraestrutura (em particular àquela rodoviária e aeroportuária, além dos trens de alta velocidade) quer dizer opor-se ao modelo econômico produtivo e de ocupação, limitando seu desenvolvimento.

Inovações tecnológicas

O novo assumiu um valor positivo absoluto. No marketing das mercadorias tornou-se um valor favorável independentemente da real qualidade do produto. A consideração positiva sobre o que é novo aplica-se indistintamente a todas as ações e produtos da sociedade contemporânea com tal intensidade que inovação tornou-se um tema de interesse prioritário. A inovação útil é aquela que melhora a qualidade ambiental e social das ações, dos processos, dos produtos valorizando não somente os efeitos com a totalidade da ação efetuada. É necessário enfrentar o tema da inovação com toda a crítica disponível para se verificar quais as reais vantagens que um modelo novo tem, sem sermos entusiastas per si da novidade, conscientes de que atrás desse entusiasmo induzido se escondem os problemas que a inovação tecnológica traz.

Extraído de http://www.anarca-bolo.ch/a-rivista/337/dossier_sostenibilita.htm

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República significa que “as coisas devem ser públicas”

Como estamos em uma República, a res publica, ou seja, a coisa pública, então tudo o que esta no Estado é do interesse do público. Com base nisso, publicamos a relação de altos salários de alguns funcionários na Prefeitura do Municipio de Cubatão, informacao que já está circulando pela internet. Se for verdadeira a informação, é bom que os cidadãos saibam, já que a coisa é pública. Se for falsa a informação, ela será retirada, e aguardaremos o envio da informação verdadeira para ser publicada em seu lugar. Afinal de contas, a coisa é pública.

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A pistolagem, os lambaris e os tubarões de Guarujá.

. Uma praia (Pitangueiras) repleta de arranha-céus que escondem o sol às duas horas da tarde! (estudo de caso de como não se deve ocupar a orla difundido em todo o mundo)

. Verticalização inconsequente de novas praias (Enseada) para atender a especulação imobiliária.

. Corrupção no poder público para atender os interesses dos especuladores.

. Ocupação irregular de áreas públicas em praias por quiosques e restaurantes.

. Ocupação irregular de condomínios em morros e áreas de mananciais.

. Ocupação irregular de áreas de mangues por marinas e estaleiros.

. Expansão desordenada da atividade portuária

. Absoluta falta de saneamento básico, com ligações clandestinas provindas dos condomínios de veraneio que visivelmente fazem aumentar o fluxo de esgoto nas praias durante a temporada.

. Distribuição desordenada de água potável (bem público): falta água na maioria dos bairros enquanto que os condomínios na orla despejam 20, 50 e até 100 mil litros de água na rua para limparem seus piscinões de reserva.

. Colapso da saúde pública.

. Inchamento populacional em uma ilha que não comporta o adensamento urbano.

. Favelização crescente ocupando as encostas, cursos d’água e manguezais.

Infelizmente, enquanto os verdadeiros problemas que afligem há dezenas de anos a ex-Pérola do Atlântico das fotografias de Oswaldo Cáfaro – vejam as imagens no link –

http://www.novomilenio.inf.br/guaruja/gfoto010b.htm

não começarem (porque vai levar muito tempo) a serem resolvidos, os poucos que tentam fazer alguma coisa são assassinados.

Nossa amiga Elizabeth (ex-aluna do Romazzini) enviou a notícia escrita por Erik e publicada no blog do Luis Nassif (esse não é comunista, nem utópico e outros nomes mais que nos chamam), sexta 26/11/2010 às 16:32

“Assassinaram na madrugada de hoje o vereador Luís Carlos Romazzini (PT) no Guarujá, litoral de SP. Eu conhecia o vereador pessoalmente, ele foi professor de alguns amigos meus no ensino fundamental e era um dos poucos a fazer oposição a uma situação política que mais lembra uma máfia.

A política no Guarujá é complicada. Eu morei lá bastante anos e o que mais a população sente é o descaso seguidos com a cidade.

  • Mais de 50% da população mora em favelas;
  • O transporte público é horroroso;
  • A saúde vai mal e a educação é péssima.
  • É um reduto dos ricaços de SP e cidade veraneio de boa parte da classe média paulista (a cidade chega a ter 1,4 milhão de pessoas na alta temporada).
  • É um Rio de Janeiro em escala (de beleza e de violência também).
  • Uma pequena casta de comerciantes e empresários da cidade se revezam a anos na câmara e,
  • a atual prefeita conseguiu a proeza de ser pior que o prefeito anterior.

Já fazia alguns anos que Romazzini fazia uma oposição mais “discreta” pois recebia ameaças de morte desde o primeiro mandato (2005-2008). Para completar o caldeirão político, a atual prefeita foi um dos principais nomes do mesmo PT até migrar para o PMDB nas últimas eleições municipais. Espero que Romazzini descanse em paz. Ele foi grande!”

Publicado na Folha: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/836493-vereador-e-assassinado-no-guaruja-sp.shtml

Saiu na televisao: http://www.band.com.br/jornaldaband/conteudo.asp?ID=100000372618

Blog do Romazzini: http://prof-romazzini.blogspot.com

Quanto ganham os políticos, donos de imobiliárias, construtoras, cartórios, etc… com a modificação da lei que permite edifícios de mais de 20 andares na Enseada? Por que a ação movida pela ex-promotora Juliana Andrade contra esse absurdo foi arquivada?

Se quiserem que alguma coisa mude de fato, deverão deixar os lambaris de lado e atacar os tubarões (e também os defensores de tubarão).

O resto é nhenhenhem, conversa mole pra boi dormir. Minha homenagem sincera ao Romazzini, meu colega de aulas na  Faculdade Don Domenico.

Carlo Romani.

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Cubatão além da poluição

Recebemos recentemente algumas notícias de Cubatão enviadas pelo companheiro Moésio e que foram colocadas em nosso Painel do Leitor. Nelas são comentados alguns atos praticados pela Secretaria de Meio Ambiente daquele município que em nenhuma circunstância podem ser considerados como atitudes de quem tem como objeto de trabalho cuidar da manutenção e da recuperação de um meio ambiente saudável para a vida urbana. A começar pelas podas indiscriminadas de árvores na cidade, algumas no percurso da ciclovia. Depois o descaso com o Parque Ecológico Cotia-Pará em cujo mini-zoológico temos claros maus tratos aos animais. Moesio reclama da falta de postura do IBAMA para verificar o que está ocorrendo. Mas infelizmente, o IBAMA, principalmente desde o Lula desenvolvimentista na presidência (aquele dos bagres atrapalhando o progresso), transformou-se em nosso OBAMA, ou seja, faz muito barulho por nada!!! O IBAMA somente tem dito amém ao Executivo em todas as suas instâncias. Todas essas matérias sobre Cubatão feitas pelo correspondente da ANA, a Agência de Notícias Anarquistas, não tiveram como pauta a notória poluição e contaminação ambiental de sempre da cidade, fato bastante  positivo a se registrar.

Cubatão, internacionalmente conhecida pela contaminação química emanada de seu polo petro-químico e siderúrgico, tem um outro lado. Grande parte do município encontra-se em área do Parque Estadual da Serra do Mar, cujo núcleo Pilões tem cachoeiras belíssimas. Além dele há outros parques municipais que tembastante atrativos. Fora da área de preservação legalizada em forma de parques, Cubatão registra grande quantidade de manguezais, restingas e vegetação variada de mata atlântica, que serve de abrigo para uma fauna muito rica especialmente de pássaros: guará-vermelho, colhereiro, martim-pescador,  garça branca, garça azul, biguatinga, socó-dorminhoco, quero-quero, gavião asa de telha, entre outros animais que podem ser observados em passeios náuticos. Portanto, Cubatão tem um lado da cidade muito propenso para o eco-turismo e que não somente não necessita do crescimento industrial insustentável e irracional que muitos querem como deveria iniciar um processo de retirada das indústrias e desmonte de seu complexo parque poluidor. Há dez anos já estamos noticiando esse potencial turístico sub-explorado. Leiam a matéria a seguir publicada originalmente no ano 2000:

O percurso acima descrito pode ser percorrido seguindo a linha preta destacada no mapa  a seguir sobre a vegetacao da Baixada Santista elaborado pelo CAVE (o mapa completa da vegetacao da Baixada Santista pode ser obtido na pagina MAPAS deste blog). Nele temos um detalhe da area demanguezais entre Santos e Cubatao. As areas pintadas em vermelho sao as areas urbanizadas e os desflorestamentos, as pintadas em marrom correspondem aos manguezais remanescentes, as pintadas em cor ocre ao que restou de restinga e as aereas verdes aos remanecsentes de mata atlantica. O percurso que se inicia no Jardim Casqueiro e atravessa toda a area de manguezais de Cubatao, alcanca o rio Quilombo, ninhal dos guaras-vermelhos. Quem quiser fazer o percurso, precisa somente de um barco com motor de popa e um barqueiro experiente. Bom passeio.

AINDA EM TEMPO, ALERTA!!!! Recebemos uma última notícia vinda de Cubatão sobre o Parque Anilinas que levanta novas suspeitas sobre o uso do dinheiro público nesse município. Assim, abrimos espaço para alertar a comunidade cubatense sobre mais esse projeto “ambiental”.

Mega reforma do Parque Anilinas ou um projeto megalomaníaco?

Há poucos dias a prefeita de Cubatão, Marcia Rosa, apresentou o projeto de mega reforma do Parque Anilinas, com gastos previstos de quase 30 milhões de reais. O prazo para a execução da obra é 20 meses, dividida em três fases, com a primeira etapa a ser entregue ainda neste ano.

Segundo a prefeita, o complexo contará com espaço multimídia, cinema e teatro, galeria de artes, academia, praça de alimentação, quadras poliesportivas, pistas de esportes radicais, pista de cooper, jardins, espelho d’água, um parque aquático, áreas para a prática de arborismo, ciclovia, e até um teleférico.

A prefeita disse também que a “Maria Fumaça” (uma locomotiva fabricada em 1916), em exposição há anos no parque, será restaurada e recolocada em funcionamento para percurso turístico.

“Transportando os passageiros em uma verdadeira viagem que terá como ponto de partida o passado histórico do Município, a nossa memória, com destino ao futuro que nos aguarda e que já está em construção, com a participação de todos os cubatenses”, palavras da prefeita Marcia Rosa.

Para quem não conhece, o Parque Anilinas foi criado em 1979 e fica no centro de Cubatão, numa área de 54 mil metros quadrados (um pouquinho mais que dois orquidários de Santos, ou 5, 6 campos de futebol). É o local mais arborizado nesta região da cidade, com área gramada; e já conta com quadras poliesportivas (parcialmente deterioradas), pistas de esportes radicais (deterioradas), playground (deteriorado), espaços abertos para exposições (parcialmente deteriorado) e espetáculos (deteriorado), casarões históricos (bem preservados) e outras infraestruturas. Eu acho o local já densamente ocupado.

Depois desta breve apresentação do mega projeto da prefeita cubatense, é necessário fazer algumas perguntinhas para ela: 1) Aonde foi parar o dinheiro (quase dois milhões) da reforma “engana que eu gosto” do Anilinas no último ano, 2008, do governo Clermont Castor? 2) Se o seu governo é transparente, participativo, blábláblá, por que não houve nenhuma audiência pública para discutir este mega projeto? 3) Este mega projeto tem licença ambiental? 4) Foi feito algum estudo de impacto de vizinhança para a edificação deste mega projeto? 5) Quantas árvores serão derrubadas para a execução desta mega obra? 6) O que vai acontecer com as dezenas (quase 100, ou mais) de cotias que ocupam o Anilinas há anos? 7) E o que acontecerá com os gambás e lagartos teíus que costumam aparecer naquela área? 8) Este mega projeto impermeabilizará quantos metros de área verde?  9) Por quê nas imagens do mega projeto a gente vê mais concreto, aço, do que áreas verdes? 10) Este mega projeto não vai acabar com o aspecto bucólico e sereno do parque? 11) Pra quê um parque aquático naquele local se Cubatão tem várias cachoeiras e rios próximos do centro da cidade? 12) É realmente necessário um teatro e um cinema ali, sendo que a pouquíssimos metros do Anilinas existe um “elefante branco” chamado teatro municipal esperando por uma reforma decente há anos? 13) A população terá que pagar para usufruir das novas instalações no Anilinas? 14) A área do parque não é tão grande, assim, como harmonizar num mesmo lugar pista de cooper, ciclovia, espelho d´água, parque aquático, teleférico e linha de trem que será construída? 15) Quantos metros e qual será o traçado da linha do trem? 16) É possível realmente botar aquele trem para funcionar? 17) Quem fará isso? 18) Quem desenhou este mega projeto conhece realmente o Parque Anilinas? 17) Seu secretário de ação de governo, o jovem Fernando Alberto Henriques Júnior (que sempre morou em Santos), que também anunciou este mega projeto na mídia da região de forma esfuziante, antes de assumir esta pasta indicado pela ex-prefeita de Santos Telma de Souza, conhecia ou freqüentava o Anilinas? 16) No que consiste a primeira etapa do mega projeto a ser entregue ainda neste ano, pois as obras ainda não começaram e estamos a quatro meses do final do ano?

Teria outras perguntas para elaborar sobre alguns aspectos estruturais, técnicos, paisagísticos, ambientais, de densidade e de custos a respeito deste mega projeto, mas deixemos para outra oportunidade.

O Parque Anilinas precisa sim de uma reforma, alguns atrativos, mas, a meu ver, do jeito que esta mega reconstrução foi apresentada não passa de megalomania, com traços fortíssimos de pirotecnia da prefeita e seu clã.

Mas, quando o ego, o poder, o dinheiro, a mania de grandeza, a força e outras cositas mais se misturam, sai de baixo.

Moésio Reboucas

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